segunda-feira, 12 de abril de 2010

AM - Cadê a calçada ??!


Andar a pé em Manaus mais parece uma corrida de aventuras pela dificuldade que se encontra.
Concordo que esta não é a nossa única cidade com calçadas mal cuidadas, mas aqui o péssimo estado supera a tudo que ja vi.
Me acompanhando em uma curta caminhada por um bairro considerado classe média alta de Manaus, você vai entender melhor.
Saindo de casa a calçada em frente ao prédio onde moro é reta e toda calçada. Pelo menos os prédios mais novos se preocupam em fazer calçadas, apesar de poucos se preocuparem em plantar alguma árvore nela.
Logo após a primeira curva, a calçada, que só cabia uma pessoa, é interrompida pelo muro de uma casa que avançou descaradamente sobre ela. Seguimos pelo meio fio. Opa, novo obstáculo : um grande bueiro aberto. Uma criança ou adulto nem entalado ficariam, cairiam direto.

Passamos pela rua, torcendo que nenhum motorista nos atropele. Voltamos à calçada, novamente sem espaço para passar, pois há vários carros estacionados em cima.
Os obstáculos, além do usual carro e muro, também pode ser uma caixa d'água ou parte do projeto de algum prédio.

Seguimos. Espero que você esteja em forma, pois os desníveis do pavimento as vezes chegam a uns 30 centímetros. cadeira de rodas aqui nem pensar.

Aconselho também caminhar de tênis. Tem sempre algum lixo jogado, algumas calçadas de terra ou areia e água escorrendo sei lá de onde. Outra dica : leve um guarda-chuva, se não chover, com certeza você vai precisar para se proteger do sol.

Em dias de chuva a coisa piora. As ruas têm muitos buracos e partes desniveldas, então é quase certeza que algum ônibus ou carro vai passar e te dar um banho espirrando água.


Se você não se molhar assim, há outra opção. Veja que calçada interrensante : descemos alguns degrasu, andamos uns 15 metros e depois subimos novamente. só que esta parte rebaixada vira uma piscina, pois o ralo que escoaria a água está tampado com lixo. A opção é andar pela avenida mesmo.

Caminhando mais um pouco chegamos ao melhor shopping da cidade, o Manauara Shopping.

Se este é o estado das ruas de um bairro escelente, não quero nem pensar em sair a pé pela periferia.

Não quero ser uma pessoa de fora só a criticar, mas um pouco de limpeza e cuidado são fundamentais em qualquer cidade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

AM - Cruzeiro Grand Amazon













Neste feriado de Páscoa fizemos um mini cruzeiro no navio Iberostar Grand Amazon através do Rio Solimões. Saímos de Manaus e fomos subindo o rio até Manacapuru, parando na volta nos lagos Janauacá e Janauarí.

As vezes o rio mais parece mar de tão longe que estão as margens. É água que não acaba mais. Tem sempre um barquinho de pescado passando ou transporte de mercadoria ( até gado). Bom que se vê também barco de transporte escolar.
O que marca são os contrastes : dentro confortáveis cabines com varanda, cama king size, ar condicionado, chuveiro quente. Fora as casas simples, as vezes em terra, as vezes flutuante, dos ribeirinhos locais.

Conhecemos a casa da Dona Néia, casada, 8 filhos. Vivem na beira do rio em uma casa de madeira bem simples : cozinha, sala, 3 quartos. A base do sustento é a pesca e a farinha de mandioca. Há uma "casa de farinha" no quintal, que é onde se processa a farinha para obter a farinha, a goma de tapioca e o tucui. Na pobreza daqui pelo menos não falta comida. No quintal da casa tem pé de caju, graviola, cupuaçu, açai, temperos, banana. A casa tem energia elétrica e geladeira.

O cruzeiro inclui vários passeios de lancha na região. Saímos para pescar piranha. Eu peguei uma tão pequena que mais parecia um chaveiro. O André teve mais sucesso na pescaria.

A noite saímos para focagem de jacaré. Não demorou muito e o guia achou o bicho em meio a escuridão. E como se não bastasse, ainda o pegou com a mão. Sem equipamento algum. Após várias fotos e mordidas dos insetos que nos readeavam com a luz, o bicho foi devolvido ao rio.

Visitamos um lago forrado de vitórias-régias. E lá estavam novamente os jacarés. Mais pareciam tocos de madeira de tão imóveis. Havia um bem grande e outro menor em cima da vitória-régia.

Outra atração do cruzeiro são as refeições : toda hora é hora de alguma comida, que preza mais pela quantidade que pela qualidade.

O navio é pequeno, mas as instalações bem confortáveis. Tem piscina no deck que proporciona um ótimo visual. A noite sempre tem algum show. Tivemos a Jane Duboc ... a muito não ouvia falar dela. Outra noite tivemos show de danças brasileiras... coisa bem para estrangeiro, mas não fizeram feio.

Mas neste passeio a natureza é a estrela principal. Na manhã de sábado ao abrirmos a porta da varanda vimos vários botos ali em frente. Tanto do rosa, como do cinza que é menor.

Enfim, um ótimo passeio para se estar em contato com a floresta amazônica, mas com muito conforto.